Depois, por nós mesmos, passamos a compreender os diversos EUs ,que nos
tornam nós, em nós mesmos. E, pouco à pouco, entendemos, assimilamos e
aceitamos as diversas alterações na nossa maturidade, que em pequenos saltos
nos torna no que somos. Por isso, acreditamos no passado que nos forjou e no
futuro que estamos construindo, o presente é uma mera e ínfima linha que nos
liga a esses dois átimos de tempo e é crucial apenas para justificar a nossa
escolha desse futuro que plasmamos,pois a rigor só existe o tempo presente.No momento que estamos escrevendo ou descrevendo algo do futuro,quando findamos a ação já estamos nele. Mas, é preciso crer e ser sempre grato pelo passado, pelo
o que de bom e também o de ruim nos aconteceu, não fosse isso não teríamos nos
tornados no que nos tornamos e nos obriga a ter, cada vez mais discernimento
para definir as escolhas das novas trilhas ... Os gregos atribuíam três denominações
para essa trajetória que chamamos tempo: Aion, Kairós e Kronos. Onde Khronos se
configura de forma do aproveitamento linear, enquanto Kairós refere-se a
plenitude dessa percepção e Aion revela-se na sublimação do Eterno
Então, nós compreendemos que entre equívocos e acertos plasmamos,
construímos, perdoamos e somos perdoados. E acreditamos pois, que quando nos
conscientizamos dos tropeços e aonde podem nos levar os desvios, começamos o
nosso processo de cura. Esse sanar está em perceber onde erramos e corrigir a
distorção e o mal que nos levou ao acometimento de tal conduta, assim então,não nos
basta apenas nos punir e afirmar que iremos controlar as nossas atitudes. Isso
de pouco adianta, pois quando perder esse controle voltar-se-á a incidir-se
sobre os mesmos desatinos ,é preciso que nos transmutemos. E essa mudança somente
ocorre de dentro pra fora, não se torna preciso prometer ou controlar-se, se a
mudança está feita o aprendizado está
cumprido .
Existem aqueles que se ajoelham e piedosamente afirmam a outrem ,que não
mais cometerá esses pecados e se creem perdoados, não veem que o perdão não
está senão dentro de si mesmo, e não na remissão do erro e sim em evitar a prática
de novos acometimentos. De nada adianta as concessões dos professores em nos
passarem nas provas, em que fomos incompetentes, ou pais e mestres serem
tolerantes com os nossos erros, enquanto nós mesmos, não nos absolvermos desses
erros e os continuamos em sua prática.
E’ preciso que aprendamos a praticar
outras escolhas, novas sendas, pois enquanto isso não ocorrer não iremos sanar
e continuaremos o eterno ciclo de aprendizado e a nossa jornada será uma eterna
repetição
JATeixeira